quinta-feira, 8 de março de 2012

*Praia - Pelo Caminho da Praia do Espelho















Parece que foi ontem, mas já foi há 4 anos atrás, num final de semana de novembro, mais comprido que o habitual, a primeira vez que visitamos Trancoso.

Para quem mora, ou conhece São Paulo, sabe que chegar ao aeroporto de Guarulhos numa sexta feira ao final do dia, pode ser uma viagem cheia de derrapagens.
Não fosse o check in online, e teríamos passado um final de semana de sol por aqui mesmo.
Embarcamos, mas as malas ficaram. Com a ajuda de uma sacola de papel, que transportava um presente dentro do carro, levamos na mão um bikini, um fato de banho, 2 t-shirts, 2 pares de havaianas, escova, pente, escova e pasta de dentes.

Chegamos debaixo de uma chuvinha intensa e chata. E, apesar de termos respondido que não trazíamos nada mais, como quem não tivesse entendido o nosso sotaque português, ouviu-se do outro lado, se me der a chave do carro, posso levar a vossa mala no quarto.

Acordamos sob um céu cinza, mas sem chuva, e decidimos descer à praia...ela esperava apenas a nossa chegada, para cair copiosamente.

Em poucas horas Trancoso ficou alagada e o Quadrado, transformou-se num piscinão, que mal dava para atravessar.

Varias horas depois, de Havaiana no pé, decidimos que iriamos sair para jantar. Seguindo as sugestões da pousada, de "onde ir, o que visitar, onde comer", escolhemos um restaurante alto astral, colorido por almofadas que substituíam cadeiras, com um ambiente cool, música boa e comida gostosa. Mas, que não sobreviveu e, hoje, já não existe.
Fomos recebidos por um, são os clientes mais corajosos da noite.
E, posso acrescentar, que não só eramos os mais corajosos, como também, os únicos.

Na manhã seguinte, a chuva ainda caía, mas menos intensa.
Tinha lido em algum lugar que a praia, eleita a mais bonita do mundo pelo New York Times, era a um salto dali.

O caminho para a Praia do Espelho era, e ainda é, de terra.
Os pormenores do asfalto naquele dia, acho que não são necessários contar aqui.
Alguns km, de gincana, mais à frente, uma árvore barrava-nos o caminho, e o nosso carro não conseguiu passar pela pequena nesga de "estrada", nem o nosso, nem o seguinte.
Alguns minutos de suor e força depois, os homens conseguiram desvia-la o suficiente para abrir passagem, e seguimos, qual exploradores, para a descoberta da praia mais bonita, do mundo.

De lá para cá, a estrada continua de terra, mas agora ela tem uma placa a cada cruzamento, indicando o caminho certo.
Naquele novembro de há 4 anos atrás, seguíamos confiantes de estar no caminho certo, mas sem a certeza de realmente estar.
Pelo que, mais à frente, surgiu a dúvida de ter errado o caminho uma, ou duas, viradas mais atrás.
Connosco, ia o carro com quem fizemos amizade no deslocamento da árvore, mas que também partilhava das mesmas dúvidas. A primeira pessoa que encontramos, estava sentada num abrigo que parecia ser uma parada de ônibus.
Essa é a estrada para a Praia do Espelho?
Não sei se alguém vai acreditar no que vou escrever a seguir, mas, o rapaz a quem fizemos a pergunta, que já devia rondar os 30, nem esperou o final da pergunta. Abriu a porta traseira do carro e entrou. Foi já depois de instalado que respondeu, eu vou para lá, mostro o caminho.
!!!!!! Adrenalina no máximo.
Mas, como o mundo está povoado de gente boa e honesta, e estes são em maior número que os maus e desonestos, o rapaz esperava uma boleia esquecida e ia mesmo para a Praia do Espelho, para o dia de trabalho numa das pousadas de lá.

O adjetivo BONITO, é realmente bastante subjetivo. Para mim, não tenho qualquer dúvida que a praia mais bonita é a minha (e, antes que perguntem, tenho varias, dependendo do dia e do lugar).
A praia é(ra) bonita, mas alguém há-de ter encontrado nela, atributos que eu não encontrei.

De lá para cá, a estrada continua de terra, a praia continua bonita, mas não a mais bonita. Mas, mudou a sinalética, e a quantidade de frequentadores da praia, que tal como eu, um dia devem ter lido que aquela é a praia mais bonita do mundo.



































terça-feira, 7 de junho de 2011

Vestida para conhecer a Miki

A minha paixão pela fotografia, levou-me, um dia, à minha nova paixão, o Instagram.

O Instagram (IG), é um aplicativo, gratuito feito para a Apple, que funciona de forma semelhante ao Twitter, mas, com fotografias, no lugar de texto. Os usuários seguem os fotografos que gostam mais, comentam as fotos que gostaram, trocam algumas ideias, sugerem novos apps de tratamento de imagem, e por aí vai.

Em poucas semanas de uso, tornou-se, no meu vicio. Faço-o logo ao acordar, ainda antes de sair debaixo do edredon. Normalmente, é assim que pego no celular para desligar o despertador. No fim do dia, de novo em baixo do edredon (ainda gelado), nunca vou dormir, sem olhar as fotos novas dos amigos virtuais, que sigo na rede.

Mas, também espio o Instagram, quando estou na fila do supermercado, no trânsito, enquanto almoço sozinha,...em suma, sempre que tenho um bocadinho e o celular do lado.

Gosto de ver as fotos divertidas, e descomprometidas, feitas com iPhone, e admiro as fotos da gente crescida, alguns, fotografos de nome no mercado brasileiro, e, perco-me em sonhos, nas fotos de lugares exóticos e distantes.

Conheci IGers muito talentosos, IGers simpáticos, outros nem tanto.

E, há umas semanas, conheci a Miki. Não me lembro se foi ela que entrou no meu mundo, se fui que entrei no dela.

Miki, a doce menina, "dona do coração de manteiga" mais "lyndo" de todo o IG.

Miki é artista, mas também inventora. Pega nas tintas e nos pinceis, mistura cores e pinta lindas criaturas cheias de sonhos e estórias para contar.

Esta semana, vou conhecer a Miki.

Vou vestir-me de Primavera, pintar um arco iris no cabelo e perfumar o meu coração de alfazema, para conhecer a menina "coração de manteiga" e pluma enrolada no pescoço.

terça-feira, 22 de março de 2011

Mais desejos de consumo

Sempre gostei de Fiats 500. Sempre tive vontade de ter um, e sair para passear à beira mar.


(Foto de Rodney Smith)

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Saudades do cheiro das minhas alfazemas depois de regadas pela manhã



















Uma casinha perdida no meio de um campo de Alfazemas da Provence, sempre foi um dos meus (muitos, quase todos com casinhas perdidas algures pelo mundo) sonhos de consumo. Como isso nunca foi possível, plantei 2 canteiros do meu "jardim" com muitas alfazemas, que todas as manhãs, eu corria para regar.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Continua lindo, lindo...


Adoro o Rio...nem acho uma cidade bonita. Mas é uma cidade feia, construída num cenário de cortar a respiração, «lindo de morrer». É uma cidade suja, é uma cidade perigosa, mas, e apesar de tudo isso, adoro o Rio (e o ar leve e descontraído dos Cariocas, e o ar a verão que sempre paira no ar).






































quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Lugares


Pessoas, cores, cheiros, sabores, amores e humores fazem com que alguns lugares permaneçam para sempre guardados num canto especial do nosso coração, e da nossa memória.







































































quarta-feira, 25 de agosto de 2010

I miss you




« Sinto saudades de tudo que marcou a minha vida.
Quando vejo retratos, quando sinto cheiros,
quando escuto uma voz, quando me lembro do passado,
eu sinto saudades...

Sinto saudades de amigos que nunca mais vi,
de pessoas com quem não mais falei ou cruzei...

Sinto saudades da minha infância,
do meu primeiro amor, do meu segundo, do terceiro,
do penúltimo e daqueles que ainda vou ter, se Deus quiser...

Sinto saudades do presente,
que não aproveitei de todo,
lembrando do passado
e apostando no futuro...

Sinto saudades do futuro,
que se idealizado,
provavelmente não será do jeito que eu penso que vai ser...

Sinto saudades de quem me deixou e de quem eu deixei!
De quem disse que viria
e nem apareceu;
de quem apareceu correndo,
sem me conhecer direito,
de quem nunca vou ter a oportunidade de conhecer.

Sinto saudades dos que se foram e de quem não me despedi direito!

Daqueles que não tiveram
como me dizer adeus;
de gente que passou na calçada contrária da minha vida
e que só enxerguei de vislumbre!

Sinto saudades de coisas que tive
e de outras que não tive
mas quis muito ter!

Sinto saudades de coisas
que nem sei se existiram.

Sinto saudades de coisas sérias,
de coisas hilariantes,
de casos, de experiências...

Sinto saudades do cachorrinho que eu tive um dia
e que me amava fielmente, como só os cães são capazes de fazer!

Sinto saudades dos livros que li e que me fizeram viajar!

Sinto saudades dos discos que ouvi e que me fizeram sonhar,

Sinto saudades das coisas que vivi
e das que deixei passar,
sem curtir na totalidade.

Quantas vezes tenho vontade de encontrar não sei o que...
não sei onde...
para resgatar alguma coisa que nem sei o que é e nem onde perdi...

Vejo o mundo girando e penso que poderia estar sentindo saudades
Em japonês, em russo,
em italiano, em inglês...
mas que minha saudade,
por eu ter nascido no Brasil,
só fala português, embora, lá no fundo, possa ser poliglota.

Aliás, dizem que costuma-se usar sempre a língua pátria,
espontaneamente quando
estamos desesperados...
para contar dinheiro... fazer amor...
declarar sentimentos fortes...
seja lá em que lugar do mundo estejamos.

Eu acredito que um simples
"I miss you"
ou seja lá
como possamos traduzir saudade em outra língua,
nunca terá a mesma força e significado da nossa palavrinha.

Talvez não exprima corretamente
a imensa falta
que sentimos de coisas
ou pessoas queridas.

E é por isso que eu tenho mais saudades...
Porque encontrei uma palavra
para usar todas as vezes
em que sinto este aperto no peito,
meio nostálgico, meio gostoso,
mas que funciona melhor
do que um sinal vital
quando se quer falar de vida
e de sentimentos.

Ela é a prova inequívoca
de que somos sensíveis!
De que amamos muito
o que tivemos
e lamentamos as coisas boas
que perdemos ao longo da nossa existência...»

Clarice Lispector

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Enamorada


Há alguns meses atrás descobri ao acaso, a música da Tiê.
Durante semanas, «Aula de Francês» passou a tocar repetidamente no meu Ipod. Ontem encontrei uma música, bem velhinha, dos... Balão Mágico, perfeita na voz dela! Foi amor à primeira vista.



Há uns meses atrás, também, numa busca qualquer pela net, «encontrei» uma carioca super talentosa (e ainda por cima, simpática), que pinta uns quadros lindos, que são a minha cara: GOSTO muito. Mal posso esperar para voltar á casa GRANDE, com muitas paredes forradas, e para forrar, de quadros. Aí, compro um para mim.

AEscritaDaLuz